quinta-feira, agosto 31, 2006

Campanha não aquece e Lula se distancia

Campanha não aquece e Lula se distancia
29.08, 15h45
por Murillo de Aragão, cientista político

Foi divulgada, neste domingo, nova pesquisa Ibope sobre intenção de voto para presidente da República. A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 25/08. O presidente Lula subiu de 47% para 49%.

Com isso, a vantagem de Lula, que era de 11 pontos percentuais há 9 dias agora é de 15%. Enquanto Lula tem 49%, seus oponentes totalizam 34%. Caso a vantagem seja mantida, Lula venceria com folga no primeiro turno.

De uma forma geral, a pesquisa confirma três aspectos negativos para Geraldo Alckmin.

O primeiro é que a propaganda eleitoral, onde ele mais apostava para reverter a vantagem de Lula, não lhe trouxe resultados positivos. O segundo é que ele está estagnado na disputa, com crescimentos inexpressivos, apenas dentro da margem de erro das pesquisas. Terceiro, com a queda da senadora Heloisa Helena, sua missão de levar a disputa para o segundo turno fica ainda mais complicada.

A partir deste cenário, é possível que a estratégia de campanha de Alckmin seja alterada e adote um tom mais agressivo. Porém, embora isto possa lhe render algum benefício, dificilmente terá condições de reverter profundamente o quadro. Resta pouco tempo.
O fato de Geraldo estar paralisado nas pesquisas enfraquece seus apoios. Tasso Jereissati, dizem, teria abandonado a campanha presidencial para dedicar-se ao Ceará. Lá, Lúcio Alcântara passou a apoiar Lula. Amazonino Mendes, candidato do PFL do Amazonas, se recusa a fazer campanha para Alckmin. Cláudio Lembo afirmou que a campanha de Alckmin é autista e que ele não teria chances de vencer. FHC, na mesma linha, declarou que Lula está muito consolidado.

O programa eleitoral de Paulo Souto (PFL), aliado de Antônio Carlos Magalhães e que disputa à reeleição ao governo da Bahia, passou a adotar um tom menos agressivo em relação a Lula. Sem conseguir transmitir confiança, Geraldo Alckmin se apega a uma única – mas importante – boa notícia: o tracking eleitoral de seu comitê indica que ele já teria alcançado 30% na preferência eleitoral. Porém, as pesquisas ainda não captaram esta tendência.

De qualquer forma, enquanto os adversários de Lula patinam nos índices, a campanha do presidente podia estar melhor. O ambiente econômico deu uma ligeira piorada trazendo notícias negativas para a imprensa. Nada de extraordinário em termos eleitorais. Um discreto aumento da taxa de câmbio e do risco Brasil, bem como a perda de qualidade da política fiscal, não são temas para o grande eleitorado.

Lula mostrou impaciência com a imprensa. Ao ser indagado sobre os gastos de campanha e a mistura dos papeis de presidente e candidato, preferiu encerrar a entrevista. A irritação de Lula é um ponto fraco do presidente. Sem ter que se desgastar com a campanha, Lula se dedica a construir o seu segundo governo. Já negociou com o PMDB o apoio do partido em troca de oito ministérios e, agora, começa a pensar como poderia negocia com o PSDB uma agenda nacional.

Apesar do tom agressivo que emprega na campanha presidencial em relação aos seus adversários (em especial no caso de Geraldo Alckmin), o presidente Lula tenta manter uma porta aberta com setores do PSDB, como Aécio Neves e José Serra. Ele passou a falar em um pacto de conciliação política. O presidente, que já considera sua reeleição como certa, embora não saiba se no primeiro ou no segundo turno, está preocupado com a excessiva dependência de seu governo do PMDB.


Publicado no www.blogdomurillodearagao.com.br

terça-feira, agosto 29, 2006

Voto nulo anula eleição?

Voto nulo anula eleição?
O falso poder do voto nulo.

Do site "Quatro Cantos"



Tempo de eleição também é tempo de enganação. Em todos os sentidos.

Mensagem que tem circulado às vésperas das eleições, desde 2004, faz apologia do voto nulo e contém inverdades. Ela tem origem desconhecida, ninguém se responsabiliza pelo seu conteúdo e sua disseminação se faz rapidamente em anos de eleições.

Versão de 2004 mistura inconformismo com contestação, tubarão com galinha e propõe a candidatura de golfinho.

A versão de 2006 também segue linha semelhante.

O fato é que a urna eletrônica não possui a alternativa "voto nulo". O voto é considerado nulo se o eleitor informar um número inválido. Mas o eleitor pode votar em branco: é só acionar essa tecla.

Para anular o voto, o eleitor tem de digitar um número inválido e, depois que a máquina informar "Número incorreto, corrija seu voto", ele deve confirmar o número incorreto, isto é, o voto nulo.

Era bem mais fácil tornar o voto nulo nos tempos em que se usavam cédulas. Bastava escrever uns palavrões, xingar a genitora de um ou de todos os candidatos, mandar os candidatos para um lugar impróprio ou próprio para todos eles e pronto: o voto era decretado nulo pelo juiz eleitoral.

A coisa ficou ficou mais complicada com a chegada das urnas eletrônicas. Falta ao teclado delas, por exemplo, a opção "Vá à merda" como sugeriu o Millôr Fernandes.

Veja o teclado da urna eletrônica.

Telado da urna eletrônica


A diferença entre voto nulo e voto em branco não é muito significativa. Nenhum deles é capaz de anular eleição e sua distinção é uma filigrana jurídica.

Há quem afirme que o voto em branco legitima o sistema político-partidário enquanto que o voto nulo significa votar contra todos.

Trata-se de conceitos duvidosos.

Para ter sua validação confirmada, eles teriam de ser confrontados com o ponto de vista dos eleitores e saber de cada um deles se é isso mesmo: se ele votou em branco reconhecendo que isso legitima o sistema político-partidário, se houve outro motivo e qual o motivo de tal decisão.

A mesma coisa para os eleitores que fazem a opção pelo voto nulo.

A propósito: será que todos os eleitores sabem exatamente o que significa a expressão "legitimar o sistema político-partidário"? Quem construiu essa frase é capaz de explicar o seu significado de modo que todos os eleitores sejam capazes de entender e diferenciá-lo da alternativa "voto nulo"?

Como a grande maioria dos eleitores não considera esses detalhes jurídicos e uma parcela significativa deles é analfabeta essas exegeses (!) ficam restritas a pequenos círculos de especialistas.

A confusão é aumentada pelo noticiário e por conta de algumas explicações inexplicáveis, sendo que a do TSE é uma verdadeira pérola. Veja o que diz o saite do TSE em sua página de FAQ (frequently asked questions ou perguntas mais freqüentes):

...

16. Se 50% dos votos forem brancos ou nulos, faz-se nova eleição?

O Código Eleitoral prevê que se mais da metade dos votos for de votos nulos, será convocada nova eleição ("Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do País nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais, ou do Município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias”).

Os votos em branco, de forma diversa, não anulam o pleito, pois não são considerados como nulos para efeito do art. 224 do Código Eleitoral (Acórdão nº 7.543, de 03/05/1983).


O que se depreende dessa explicação meio torta é que se houver mais da metade de votos nulos haverá novas eleições. Também é o que diz a mensagem e isso não é verdade, pois ela mistura dois conceitos diferentes: VOTO NULO e NULIDADE DA VOTAÇÃO.

A mesma coisa aparece na página do TRE de São Paulo:


Voto branco e voto nulo

Os votos brancos e nulos são subtraídos de todos os cálculos para a totalização dos resultados. Desde a Lei 9.504/97, que vigorou a partir das eleições de 1998, que o voto branco não é considerado para o cálculo do quociente eleitoral.

A única diferença entre os votos brancos e nulos é que, segundo a legislação se houver mais de 50% de votos nulos a eleição será anulada.


Afinal de contas, qual a diferença entre VOTO NULO e NULIDADE DA VOTAÇÃO?

Elementar, meu caro Watson.

Uma coisa é o voto nulo, o voto atribuído a candidato inexistente. Outra coisa é a nulidade da votação, a nulidade da eleição ou a nulidade do processo eleitoral.

Votos nulos não anulam eleições. O que anula uma eleição é uma das ocorrências mencionadas nos artigos 220 a 222 da LEI Nº 4.737, de 15 de julho de 1965 que Institui o Código Eleitoral:



Capítulo VI

Das nulidades da votação

...

Art. 220. É nula a votação:

I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei;

II - quando efetuada em folhas de votação falsas;

III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas;

IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios.

V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração do disposto nos §§ 4º e 5º do art. 135. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

Art. 221. É anulável a votação:
I - quando houver extravio de documento reputado essencial; (Inciso II renumerado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

II - quando for negado ou sofrer restrição o direito de fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto interposto, por escrito, no momento: (Inciso III renumerado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

III - quando votar, sem as cautelas do Art. 147, § 2º. (Inciso IV renumerado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da remessa das folhas individuais de votação à mesa, desde que haja oportuna reclamação de partido;

b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do Art. 145;

c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor chamado.

Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei."

...

Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.


Esses artigos referem-se aos casos de votação anulável ou situações que provocam a nulidade do processo eleitoral e não a casos de voto nulo. A nulidade diz respeito a urnas, conjunto de urnas, seção eleitoral.

O voto nulo é decisão pessoal do eleitor. A nulidade da votação é decisão do juízo eleitoral.

Portanto, uma eleição ou votação é anulável apenas nas circunstâncias descritas nos artigos 220, 221 e 222 da Lei Nº 4.737.

Veja agora o que diz a LEI Nº 9.504 de 30 de setembro de 1997:



...

Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.

§ 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em segundo lugar mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

...

Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.

...

§ 2º Nos Municípios com mais de duzentos mil eleitores, aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos §§ 1º a 3º do artigo anterior.

...


Mais uma vez fica bastante claro que votos brancos e votos nulos não servem para anular eleições. Em todos os casos de eleições majoritárias elegem-se os candidatos que obtiverem a maioria dos votos válidos "...não computados os em branco e os nulos."

É o que estabelece a legislação vigente.

Imagine uma situação inusitada: se 10 eleitores votarem para prefeito, se houver dois candidatos e se a eleição resultar em:

candidato A: 2 votos,

candidato B: 1 voto,

votos brancos e nulos: 7 votos

será proclamado eleito o candidato A. Tudo de acordo com as leis vigentes do país.

Não existe a possibilidade mencionada na mensagem: Se nenhum dos candidatos conseguir maioria (mais de 50%) no último turno, as eleições têm que ser canceladas!

E mais: inexistem as possibilidades de trocar os candidatos, pois eles se tornariam inelegíveis, e a realização de novas eleições.

Veja o que o TSE diz ser voto nulo e o que ele considera voto em branco.

O que ocorre nisso tudo é a interpretação isolada do Art. 224 da LEI Nº 4.737. Esse artigo deve ser interpretado em conjunto com os artigos 220, 221 e 222 pertencentes ao capítulo que trata das nulidades da votação e não isoladamente como faz o próprio TSE em sua página com a 'explicação inexplicável' e que induz ao erro.

(Uma das versões da mensagem de 2006 menciona o Superior Tribunal Eleitoral quando na verdade o que existe é o Tribunal Superior Eleitoral - TSE conforme estabelece o Art. 118 da Constituição Federal.)

Se uma, duas ou várias das situações mencionadas nos artigos 220 a 223 da Lei 4.737 provocar nulidade de uma votação para cargo majoritário e se essa nulidade for de tal monta que supere os 50% por cento dos votos, aí sim, o juízo eleitoral deverá convocar novas eleições.

Tentando buscar credibilidade, a mensagem manda o incauto internauta ligar para OAB... Aproveite e ligue também para a Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo, O Diário Catarinense, O Estado do Paraná, A Gazeta do Povo... e todas as revistas e jornais importantes desse país... pois todos eles confirmariam a suposta anulação. É improvável que algum deles dê respaldo a essa história.

Algumas notícias publicadas na imprensa contribuem para aumentar a confusão. Veja o que diz a página Terra - notícias datada de 05 de junho de 2006:


TSE impede que vereador assuma prefeitura no RJ

...

A decisão definia que o presidente da Câmara Municipal, vereador Mauro Modesto Britto (PFL), ocuparia o cargo de prefeito, interinamente, até que o juiz eleitoral determinasse a realização de novas eleições, uma vez que a soma dos votos nulos com os 42,02% de sufrágios dados ao prefeito afastado (agora também anulados) é maior que 50%, conforme determina o artigo 224 do Código Eleitoral.


Terra Notícias outra vez:


Terça, 23 de novembro de 2004, 10h02
Votos nulos obrigam eleição domingo em 4 cidades

...

O procedimento é necessário porque o número de votos nulos no primeiro turno da eleição municipal, realizada no dia 3 de outubro, superou em mais de 50% o número de votos válidos, depois de julgados...

[...]

Vários candidatos eleitos que tiveram seus votos computados como nulos (por estarem com seus registros de candidatura indeferidos) continuam aguardando a decisão da Justiça Eleitoral.


Como os registros das candidaturas não haviam sido deferidos, as eleições foram anuladas.

E o Guia Mauá:


Eleições 2004
BOCAINA DE MINAS VOLTARÁ AS URNAS

...

Com mais de 50% dos votos anulados, a cidade de Bocaina de Minas ... terá de voltar às urnas para escolher seu novo prefeito.

Os 1765 votos dados a Dito Augusto (PDT) foram considerados nulos, já que sua candidatura foi questionada no TRE-MG.

...


No caso de Bocaina fica bem claro que a anulação ocorreu em virtude de o candidato mais votado ter a candidatura questionada pelo TRE-MG e não porque mais de 50% dos eleitores optaram pelo voto nulo.

Alguns aspectos ou intenções da mensagem são interessantes, pois não há dúvida de que é preciso alijar da cena política brasileira mensaleiros, marotos e marotinhos de plantão. Uma das alternativas apresentada para mudar o quadro seria não votar em branco nem anular o voto, mas votar nos "menos piores".

O autor da mensagem, na verdade os autores, pois existem várias versões não reconhecem a existência dos "menos piores": todos são farinha do mesmo saco, todos calçam 40 e coisas que tais.

Existem políticos sérios, políticos honestos, políticos de idoneidade acima de suspeitas, mas a impressão que se tem é que a maioria deles se serve do cargo para proveito próprio e dos seus patrocinadores. Parece que apenas uma pequena parte deles usa o cargo para servir ao país.

O episódio recente dos mensaleiros e o escândalo que resultou na renúncia de Severino Cavalcanti (PP-PE), então na presidência da Câmara dos Deputados e pertencente a um dos partidos supostamente mais envolvidos no caso do mensalão, contribuem para a desconfiança em todos os políticos brasileiros.

Quanto a decisões e interpretações do TSE vale a pena conhecer as preocupações apresentadas no blog do Claudio Weber Abramo (08-06-2006):

O fim dos tempos

O recuo do Tribunal Superior Eleitoral na decisão da verticalização, noticiado hoje, marca talvez o ponto mais baixo de um período em que as decisões das cortes superiores se notabilizaram pela suspeição.

Pessoalmente, não sei se a decisão revertida (impedir que partidos que não participem de coligações nacionais se aliem à vontade nos estados) tinha a melhor sustentação jurídica. Mas sei que, se num dia um tribunal decide algo por 6 a 1 e no dia seguinte volta atrás por 7 a 0, algo de muito esquisito anda governando as considerações judicantes.

O Judiciário é onde os conflitos da sociedade se resolvem. Se esse poder age como barata-tonta, hoje decidindo algo para amanhã se desdizer, tudo isso eivado daquele linguajar intolerável dos "juristas" (advogado alfabetizado de verdade não fala daquele jeito), qual segurança alguém pode ter em qualquer decisão surgida daquelas cabeças?

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Veja também o artigo de Mailson da Nóbrega TSE: a mensagem que deseduca:

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está deseducando o público na mensagem para orientar o eleitor na escolha do candidato a governador. “O governador é um dos mais importantes servidores do Estado. Ele escolhe a equipe de governo, define o rumo das políticas públicas, e decide como e onde gastar o dinheiro dos impostos”. As duas últimas afirmações são um completo equívoco, pois descrevem atribuições do Poder Legislativo.


E pra finalizar: a mensagem é mentirosa e induz o eleitor a erro.

É verdade que os corruptos, os mensaleiros, os partidos de aluguel devem ser afastados da cena política brasileira. Votar em branco ou anular o voto pouco ajuda na realização das mudanças necessárias.

A propósito: você ainda se lembra em quem votou pra deputado federal, deputado estadual, senador e vereador? Nas próximas eleições, anote o nome de cada um deles, veja como ele se comporta ao longo do mandato, veja se ele se envolve em maracutaias e se ele vai tornar-se mais um dos mensaleiros.

Use a Internet para conversar com eles, mande mensagens e veja qual a atenção que dele recebe. Se ele não der atenção ao eleitor, ao cidadão que ele representa, qual a consideração que merece do eleitor?



Mais sobre eleições, voto nulo e voto em branco.

2004 - Voto de Cabresto Pós-Moderno

ACÓRDÃO No 19.649

ALERTA CONTRA A INSEGURANÇA
DO SISTEMA ELEITORAL INFORMATIZADO

Aprenda a usar a urna eletrônica

Campanha pelo Voto Nulo

CHAMADO PARA A CAMPANHA PELO VOTO NULO

Considerações sobre o Voto Nulo

CONTINUAM OS REGISTROS DE FRAUDES NAS URNAS ELETRÔNICAS

FRAUDE POSSIVEL. Urnas Eletrônicas colocam em risco a democracia do País. Um país do Zerézimo Mundo.

Indignação do eleitor faz crescer campanha pelo voto nulo

LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965. Institui o Código Eleitoral.

LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997

Lista de perguntas freqüentes

O voto nulo anula o eleitor ou o político? E o voto obrigatório, anula quem?

Qual a diferença entre voto nulo e branco ? O que são os votos válidos? Como são processados nas urnas eletrônicas?

Resgate moral

Saiba mais sobre votos brancos, nulos e válidos - Março/2006

Se a Urna Não Imprimir, Seu Voto Pode Sumir!

Segurança da urna eletrônica

Técnicas chinesas para espantar pessoas indesejáveis

Urna eletrônica: você confia?

Voto nulo, democracia em perigo

Voto nulo é só protesto

Votos Nulos: A Confusão Continua




Os leitores comentam.

Mensagens:

14 de setembro de 2004

06 de setembro de 2004

02 de junho de 2006

22 de março de 2006

Em agosto de 2006, circulou mensagem com dados sobre uma suposta pesquisa realizada ninguém sabe quando, onde, nem por quem.

Tal pesquisa, inexistente e jamais realizada, teria constatado que 52% dos eleitores optariam pelo voto nulo ou em branco.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Excelência ameaçada

Excelência ameaçada . . .

Márcio Dayrell Batitucci ( * )


Nos Manuais de Administração, estão profusamente listados e explicados os múltiplos percursos, fatores e circunstâncias que podem conduzir uma Organização à gradativa perda de sua Excelência. Mas, em linhas gerais, há quase um consenso entre os especialistas que, independente de outras condições favoráveis, o caminho mais curto para se chegar à essa indesejada situação, é a existência de uma Gestão inadequada.
E nesse mesmo consenso perceptivo, a má Gestão dos Recursos Humanos tem sido apontada como o ponto básico que pode dar a partida para todo um processo de deteriorização organizacional.
O mais conceituado especialista da Gestão de nossos tempos, Peter Drucker, foi mais á frente ao defender que o Gestor da Empresa moderna competitiva, deveria aplicar a maior parte de seu tempo e de sua energia gerenciais, no aprimoramento das Políticas e da Gestão de R. H.

1 - A Construção da Excelência

Em 1923, o mestre Shewhart definiu antologicamente qual seria a “Missão” de qualquer Organização : satisfazer as pessoas, entendidas como sendo os Acionistas, os Clientes-Fornecedores, a Sociedade e o Corpo de Colabora-dores.

Algumas vezes, em minhas Palestras, para explicar concretamente o que significa “satisfazer as pessoas” , tenho colocado uma cadeira em cima da mesa e mostrado aos presentes :

- Esta é a “ Empresa de quatro pernas”, cada uma delas representando as “pessoas” do mestre Shewhart : ela é sólida, firme, não é atingida pelos ventos das circunstâncias, é confiável, não irá cair, independente do peso que lhe é colocado em cima. Em resumo é Excelente ! À medida que tiramos uma das pernas dessa “ cadeira-Empresa “ , ela vai se tornando menos confiável e menos excelente. A “cadeira-Empresa” de duas ou uma pernas, certamente irá cair, não conseguindo mais atingir seus objetivos . . .

Assim, a Empresa Excelente será aquela que conseguir satisfazer adequada e equilibradamente àquelas “ quatro pessoas ” , quando estará sempre em crescimento, será sempre sólida e cumprirá de modo excelente sua Missão e seus objetivos. Se ela atende somente “ três pessoas “, sua excelência começa a ficar ameaçada e ela pode ter dificuldades comprometedoras. Se ela atende a apenas “ duas “ ou “ uma pessoa “, ela certamente enfrentará dificuldades insuperáveis e irá se destruir a médio e longo prazos .
Conforme mostrado acima, há consenso que a responsável direta por essa “satisfação das quatro pessoas ” e a conseqüente excelência da Empresa, é uma Gestão também excelente, respaldada por uma adequada Política de Recursos Humanos.

Dentro dessas premissas e nesse cenário de excelência plena ou de excelência ameaçada, vamos acompanhar a trajetória da maior Empresa do Hemisfério Sul, a Petrobrás que, por muitos anos, seguiu à risca essa cartilha da boa Gestão e, sempre respaldada por uma das mais avançadas Políticas de Recursos Humanos, conseguiu cumprir com brilhantismo sua Missão, satisfazendo equilibradamente “ as quatro pessoas “.

Sem me ater às suas múltiplas conquistas tecnológicas - por demais conhecidas de todos - e fruto direto de sua Gestão de Excelência, vou perpassar e me ater à algumas de suas facetas pouco visíveis, especificamente relacionadas às suas Políticas de Gestão de Pessoas.

A Petrobrás, muitos hoje não sabem, foi pioneira e modelo obrigatório para centenas de Organizações brasileiras, em uma dezena de ações e práticas pouco usuais ou inexistentes naqueles primeiros tempos, onde imperavam ainda os velhos e limitados “princípios” da administração clássica tradicional .

Assim, entre tantos novos caminhos, ela pioneiramente :

* Investiu pesado na formação, no desenvolvimento e na especialização de sua força de trabalho especializada, recrutada dentro das mais modernas técnicas e processos de seleção da época, inclusive utilizando-se da quase-desconhecida ““avaliação psicológica” de então.

* Criou os “Setores de Ensino” do Rio e de Salvador, onde era formada a nata dos especialistas na recém instalada indústria do petróleo, - inexistente no mercado - e que podem ser considerados como as primeiras “Universidades Corporativas” brasileiras, hoje uma realidade consolidada e essencial nas grandes Corporações nacionais.

* Implantou, com a mesma visão de longo prazo e de busca da Excelência, os “Centros de Treinamento” das diversas Unidades Operacionais, verdadeiras “Escolas Técnicas privadas”, dotadas de estrutura física adequada, recursos tecnológicos e didáticos, corpo de professores internos altamente qualificados, instalações industriais à mão para os estágios práticos, equipe gestora com estrutura organizacional própria qualificada e especificamente voltada para esse tipo de atividade

* Criou um Plano de Cargos e Salários avançado, tecnicamente estruturado com base em um “sistema de pontuação” inexistente na época, envolvendo complexidade, especificidade, especialização, independência, exigências de treinamento para as várias tarefas, etc., formando um sistema coerente e compatível com as necessidades específicas da atividade de petróleo e que cobria paulativamente a vida funcional do empregado, até sua aposentadoria, por meio de progressões funcionais de mérito e de tempo de exercício.

* Implantou, com base em idéias embrionárias existentes e respaldada pela experiência de sucesso implantada inicialmente na Unidade de Betim-MG, em 1971, um moderno e desburocratizado sistema de assistência médica complementar para os empregados e seus familiares, com amplas redes de estabelecimentos e profissionais credenciados, dentro de tabelas de preços previamente negociadas em patamares bem mais em conta, envolvendo a participação financeira conjunta Empresa / empregado. Esse sistema, logo adaptado e assumido por quase todas as grandes empresas brasileiras, tornou-se o que podemos chamar hoje de “ o maior sistema de medicina complementar “ do Hemisfério Sul. A força das Empresas participantes desse mega-mutirão de saúde complementar, conseguiu solidificar, estabelecer diretrizes de custos e de qualidade de serviços e penetrar no fechado mundo do sistema de saúde privado. Hoje, os hospitais, centros especializados, profissionais de medicina e a quase totalidade da classe média brasileira não conseguem mais sobreviver sem os “Convênios” .

* Implantou, em 1970, (segundo dados dos Serviços Técnicos de Estatística Atuária ), o primeiro modelo de previdência complementar brasileiro, tecnicamente auto-sustentável e auto-financiável pela participação conjunta Empresa / empregado, com base nos detalhados estudos e simulações realizados pelo conhecido e competente atuário Rios Nogueira, de modo a garantir a perspectiva futura de sua força de trabalho. Durante anos, foi esse estratégico item da excepcional Política de Recursos Humanos da Empresa que garantiu a manutenção da fidelidade, da cumplicidade e do envolvimento do empregado para com a Empresa e a conseqüente acumulação interna da experiência técnica, da pesquisa científica e do acervo tecnológico conquistados.

* Construiu e operacionalizou, bem antes do modismo daquela “qualidade total processualista “, seu sistema próprio de “ Qualidade “ - sem adjetivos - valorizando os aspetos técnicos, o detalhamento do sistema, a responsabilidade de cada um e a realidade primeira de que, junto com o sistema e o processo, a Qualidade depende antes do envolvimento e das atitudes de cada um. O Serviço de Engenharia da Empresa mantinha em S. José dos Campos, um “ Setor de Qualificação”, específico para desenvolver e gerenciar essa Qualidade e, especialmente, para “ qualificar “ a força de trabalho terceirizada, colocando-a no mesmo nível de exigências técnicas que a mão-de-obra própria.

* Desconstruiu o “machismo industrial” vigente, como a primeira, ou uma das primeiras Empresas brasileiras a colocar mulheres em regime de turno revesável, com uma autorização expressa e excepcional da Delegacia de Trabalho de MG, tendo em vista os impedimentos legais existentes.

* Realizou feitos e conquistas notáveis, em todos os campos da indústria petrolífera, contra a pressão externa e especialmente das “ 7 irmãs “ gigantes do petróleo, que sistematicamente apregoavam “não existir jazidas em território brasileiro. . . “ As descobertas no recôncavo baiano e, mais tarde, ao longo da plataforma continental, especialmente na Bacia de Campos, foram um atestado indiscutível da competência da Gestão da Empresa, de sua Política de R. H. e da capacidade de sua força de trabalho. No final da década de 70 e início dos anos 80, o Serviço de Engenharia da Empresa, mantinha cerca de 35 grandes, médias e pequenas Obras, distribuídas em 15 Estados brasileiros, com um orçamento bilionário de investimentos de tirar o sono de qualquer mensaleiro ou sanguessuga dos tempos atuais. . . Nessa época, seja nessas obras, seja nas Unidades Operacionais em produção, seja nos campos de petróleo, seja no transporte dos derivados, etc., jamais se ouviu falar de superfaturamento, de desvios de recursos, de favorecimentos ilícitos, de esquemas suspeitos. A construção e montagem das novas Unidades, das primeiras grandes plataformas da Bacia de Campos, etc., foram concluídas dentro dos orçamentos previstos, dos prazos estipulados e da qualidade contratada.

* Em todos esses anos, a Petrobrás sempre cumpriu a meta constitucional para a qual foi criada, levando e disponibilizando adequadamente e no momento certo a todo o território nacional, os derivados de petróleo necessários ao desenvolvimento do País.

* Jamais, nesse período, mesmo com uma ação dura, organizada e extremamente combativa, os sindicatos petroleiros conseguiram parar totalmente a Empresa. Eventualmente, aqui e ali, aconteceram interrupções pontuais da produção, que nunca chegaram a impedir ou a inviabilizar o cumprimento de suas obrigações para com o País. Os “ espaços “ eram ocupados pela Empresa, com sua proativa Política de R. H. e com um positivo nível de integração entre Gerências e colaboradores. O espaço de manobra dos sindicatos era reduzido, na maioria dos casos não levando a dificuldades e rupturas significativas.

Esses são alguns exemplos de conquistas, de pioneirismo, de inovação e de Excelência conquistados pela Petrobrás, graças à existência de uma adequada Gestão e ao suporte de uma inegável, reconhecida e apropriada Política de Recursos Humanos, que possibilitou a “ satisfação das quatro pessoas ” , de modo excelente .

Nesses primeiros tempos, as Unidades da Empresa recebiam a cada dia, mais e mais profissionais de outras Empresas, de múltiplas formações e especialidades, que vinham em busca de informações e de experienciações sobre as práticas e ações ali existentes, visando a possível implantação das mesmas, em suas respectivas Organizações. A Petrobrás de então, podia se orgulhar de ser o modelo e o exemplo de Gestão adequada, para um grande número de Empresas brasileiras, principalmente pela colocação em prática, de modo equilibrado e inovador, daquele teórico paradigma encontrado em todos os Manuais de Administração : nossos colaboradores são nosso maior patrimônio ! Talvez um dos grandes orgulhos do jovem brasileiro de então era conseguir “entrar para a Petrobrás” , algo semelhante ao que aconteceu com nossos pais e avós, que sentiam o mesmo orgulho por “entrar para o Banco do Brasil ” de outrora. . .

Mesmo nos conturbados tempos do regime militar de exceção pelos quais passou o País, jamais houve quebra ou interferências indesejáveis que sequer arranhassem esse patamar de excelência. Independente dos generais que dirigiram a Empresa nesse período, o corpo gerencial e técnico internos, se auto-conduziam dentro dos caminhos e direções traçados sob o viés exclusivo da Excelência.
Muitas conquistas, ampliações do parque de refino, implementação das pesquisas e trabalhos na Bacia de Campos, criação da Indústria Petroquímica - Cubatão, Camaçari, RS - , desenvolvimento da indústria brasileira de equipamentos pesados para a indústria de petróleo - a “nacionalização de nossa indústria” -, a busca da auto-suficiência, etc., etc., podem ser citados como exemplos dessa Excelência praticada pela Empresa.


2 - A ameaça da Excelência 1 : era neoliberal

Mas os tempos mudaram. Com a volta da Democracia, que poderia colocar definitivamente este País na rota da excelência e do crescimento sem limites, chegaram também os Partidos e os políticos, sedentos de poder, de privilégios, de artimanhas na manipulação de recursos para sustentação e perpetuação de seus sistemas pessoais de poder. Com a porteira das Empresas privadas definitivamente fechadas para esse tipo de aventura, só restava para eles um único campo de manobra e uma única porta : as Empresas públicas e estatais.

E aí começou a ameaça da Excelência da Petrobrás . . .

O governo Sarney tentou sem muito sucesso, utilizar a Empresa para atender a seus interesses políticos : os raros “estranhos no ninho” colocados para comandar esses objetivos escusos, não tiveram força para realizar sua missão, barrados pela coerência e pela força do Projeto de Excelência internos, então existente.

No governo Collor porém, já apareceram as primeiras ameaças concretas : foi colocado na Presidência da Empresa alguém vindo diretamente do “ Mercado ” que, em sua primeira decisão, determinou a demissão compulsória de 10% dos efetivos, técnicos ou não.
A porta começou a se abrir : concorrências duvidosas com cartas previamente marcadas, indicações de Diretores ligados a partidos políticos, uso do patrimônio do Fundo de Pensão dos empregados para aquisição de “ações podres” de empresas dos amigos da toda poderosa Ministra Zélia, etc. etc....
A segunda propalada “abertura dos portos brasileiros” para o capital estrangeiro, começou a aguçar os desejos adormecidos das “ 7 irmãs “ e deu o sinal verde para a derrubada do monopólio estatal da Petrobrás.

Mas a real e grande ameaça da Excelência da Petrobrás, começou de fato, no governo neoliberal. Foram de sua lavra a quebra do monopólio estatal do petróleo e a venda de 40% das ações da Empresa para os investidores estrangeiros que, de fato, começaram a ser seus “Gestores”, reorientando aquela excelente Gestão anterior, com base em um objetivo prioritário : satisfazer apenas a “ uma ou duas pessoas “ - os acionistas e, talvez, os clientes.
Equilibrando-se somente nesse duplo objetivo neoliberal, aquela Empresa excelente agora “ comandada ” pelos acionistas de Wall Street , começou a viver um perigoso ciclo de ameaças e dificuldades, inclusive pelo conseqüente desmonte de sua excepcional Política de R. H. anterior.
Foram dessa época a quebra da coerência do Plano de Cargos da Empresa, o incentivo à aposentadoria precoce da força de trabalho qualificada, levando embora parte da experiência e do acervo tecnológico acumulado em anos de investimento em pesquisa e qualificação, a proibição absoluta de reposição dos quadros de pessoal, com conseqüente inundação de um verdadeiro exército de terceirizados, mal treinados, mal pagos, mal assistidos, sem experiência, sem cuidados especiais para operar na segunda mais perigosa atividade depois da indústria rádio-ativa atômica, a quase esquizofrênica implantação do modismo da “qualidade total processual ”, aquela que só levava em conta o processo e a obediência aos padrões e deixava de lado o envolvimento e a as atitudes do agente. . .


Mas, vamos por partes :

* Quebra do monopólio e venda das ações da Petrobrás, para o capital estrangeiro.
Ao modelo neoliberal da época, não interessavam as prioridades ou os interesses dos Países envolvidos : seus deuses eram a globalização, a riqueza virtual financeira, o “Consenso de Washington”, as teorias econômicas aprendidas nas Universidades americanas, as ordens e desejos dos donos do mundo, a excelência do Estado sobre as pessoas . . . Enfim, o modelo só trabalhava “com uma perna ” , buscando satisfazer somente a “uma pessoa ” - o acionista . Se a Petrobrás, por sua excelência e seus baixos custos de produção, podia vender derivados mais baratos para não onerar a economia nacional, ela era proibida de fazê-lo, pois isso não remunerava os acionistas da Bolsa de Nova York, como desejavam . . .
No momento em que a escassez mundial de petróleo, a geométrica elevação do consumo mundial - China e Índia - e a incerteza política dos grandes campos produtores do Oriente Médio apontavam para a re-estatização das empresas nacionais de petróleo ( o que vinha e vem sendo feito por muitos países ), o modelo neoliberal buscava exatamente o contrário : quebra do monopólio, tentativa de desestabilizar e privatizar a Empresa, venda de grande volume de suas ações . . .

* Quebra da coerência do Plano de Cargos e da Política de R. H.
Como parte da estratégia de minar a excelência da Empresa, para ficar mais fácil sua privatização, a nova Direção neoliberal acabou com a coerência daquele excelente Plano de Cargos existente. Ao contrário de outras Empresas, a Petrobrás nunca “admitiu” gerentes, como gerentes : as posições gerenciais eram preenchidas por colaboradores de seus quadros internos permanentes, ocupantes de cargos técnicos e administrativos da estrutura do Plano de Cargos. Para remunerar essas novas atribuições e responsabilidades, era atribuída a esses agora “ gerentes” uma gratificação adicional correspondente a um acréscimo de cerca de 5 a 10%, em relação a seu salário do cargo permanente anterior. Mesmo quando existiam as famosas “ Remunerações Globais “ - específicas dos Gestores de primeiro nível da Empresa -, elas não eram significativamente superiores à remuneração dos cargos permanentes.

Essa sábia Política de R. H., não tornava esses gerentes “ imexíveis ” e / ou “ intocáveis ” : não era doloroso “ destituí-los ” por má gestão, por sua vontade pessoal ou por outras razões. A obra prima da gestão neoliberal da Petrobrás, maquiavelicamente, criou para esses novos gerentes remunerações desvinculadas do Plano de Cargos, com valores 500 a 650% maiores que seus cargos permanentes, começou a pagar-lhes bônus bi-anuais nababescos travestidos de “participação nos resultados ”., construiu um intransponível fosso entre o corpo gerencial e o corpo de colaboradores. E mais : tornou esses gerentes escravos de sua nova remuneração, convenientemente cooptados, defensores submissos de eventuais ilícitos cometidos por seus superiores hierárquicos, incapazes de questionar qualquer ação inadequada da Administração, sem condição de abrir mão dessa nova situação privilegiada. E, agora, realmente “ imexíveis ”, a não ser em casos extremos de gravidade absoluta. . . A Empresa começou a “fossilizar-se” em sua Gestão, pela ausência do saudável “questionamento” .

* Aposentadoria precoce da força de trabalho especializada
Na mesma linha acima, criou-se um “Plano financeiro de Incentivo à aposentadoria” , com o objetivo de “diminuir custos” , reduzir o efetivo próprio e inundar a Empresa de mão-de-obra terceirizada que, inclusive, não seria comandada ou induzida pelas ações dos sindicatos da Empresa, agora com amplo espaço de manobra e de aceitabilidade junto ao corpo de colaboradores, pela nova situação de distância do corpo gerencial. . .

Os novos gerentes da Empresa andaram por Refinarias e Unidades da Europa e E.U.A. e trouxeram de lá essa “novidade” do trabalho terceirizado . . . Mas esqueceram-se de anotar que, na ambiência de primeiro mundo, a mão-de-obra terceirizada era igual ou até mais bem preparada e treinada que a mão de obra própria. Em nossa pobre realidade de ignorância e de pobreza, essa mão-de-obra era praticamente “ analfabeta industrial ”, além de ser duramente explorada por suas empresas que tentavam ganhar um pouco mais nas costas do baixo nível de suas contratações.

Aposentadorias precoces, mão de obra terceirizada de baixo nível, “qualidade total processualista” sempre pródiga em cortar, enxugar, reestruturar para baixo ou demitir e sempre lenta e parcimoniosa em implementar projetos recomendados de melhoria, prevenção e segurança: esse triplo coquetel de impropriedades, trouxe duas sérias e concretas ameaças à Excelência :

- perda da experiência e de grande parte do acervo tecnológico da Empresa, que foi embora na cabeça e na agora inútil vivência do grande número de empregados aposentados, especialmente das áreas técnicas;
- ocorrência das grandes tragédias que abalaram a Empresa e jogaram a opinião pública contra a mesma :
. catástrofe do vazamento de milhões de litros de óleo na Bacia de Guanabara;
. idem no Paraná;
. afundamento e perda da maior plataforma da Empresa, na Bacia de Campos.
. além de vários acidentes, alguns fatais, nas diversas Unidades Industriais, especialmente envolvendo mão-de-obra terceirizada.

Com relação específica à Política de Recursos Humanos, além dos itens acima apontados, a era neoliberal trouxe outros desarranjos e não-conformidades.

* A Petrobrás, como diria Stanislaw Ponte Preta, transformou sua estruturada e coerente Política de R. H. em uma espécie de “samba do crioulo doido” , com cerca de uns 4 ou 5 sistemas de trabalho diferentes, envolvendo colaboradores admitidos em épocas diferentes, com direitos e deveres diferentes, com planos de saúde e de aposentadoria diferentes.

* O excepcional Plano de Saúde não fazia mais parte das Políticas permanentes da Empresa, passando agora a ser atrelado aos humores dos Acordos Sindicais anuais. O empregado passou a se perguntar : como ficarão as coisas se, em algum momento, os Sindicatos resolverem abrir mão dessa garantia antes inegociável, em troca de algum mimo ou de um aumento salarial mais expressivo de curto prazo ? . . .

* O sistema de avaliação e de progressão funcional foi reformulado, ficando mais dependente da opinião e da subjetividade do gerente e, não, de um conjunto de circunstâncias e de avaliações - tipo “avaliação 360º “ - como era a tendência na grande maioria das Organizações .
* As estruturas independentes e completas dos Centros de Treinamento foram desmontadas, atrelando-se a “atividade de desenvolvimento” à legalista e burocratizada “atividade de pessoal” . Os antigos treinamentos gerenciais e de equipes, desenvolvidos internamente, foram agora substituídos por Mestrados, Pós-graduações e outros, em um viés acentuadamente de “desenvolvimento individualizado” teórico . . .

* A ameaça à Excelência perpassou também pela famosa greve de 1991: como já anotado acima, os Sindicatos tinham agora um amplo espaço de manobra, que deixou de ser preenchido pelas Políticas da nova Empresa neoliberal. A ambiência e o clima não eram mais positivos. O que antes jamais havia ocorrido, aconteceu de repente : as Unidades operacionais foram “ tomadas ”, inclusive em algumas delas, por sindicalistas encapuzados que eletrificaram as cercas das sub-estações, ameaçando seriamente a integridade dos próprios colegas.
A produção literalmente “ parou ” por 30 dias ou mais, o abastecimento nacional ficou comprometido, a população brasileira se voltou contra a sua grande e Excelente Empresa. Hoje se sabe que, parte dessa primeira e grave ruptura, foi “ maquinada ” pelos estrategistas neoliberais, que estavam com o Projeto de quebra do monopólio da Petrobrás na pauta de votação do Congresso, esperando-se somente um “ grande motivo ” que pudesse “ mudar a cabeça ” da maioria nacionalista do Congresso. E os mal preparados sindicalistas, caíram feito patinhos nessa esparrela armada para eles. A quebra do monopólio foi conseguida . . .

* Quase no final dessa era, por pressão de Wall Street e dos “ acionistas de uma perna só ”, a ameaça à Excelência pela quebra da confiança Empresa / colaboradores subiu ainda mais : houve uma desesperada tentativa da gestão neoliberal de transformar e destruir aquele excepcional modelo de Previdência Privada anteriormente descrito, por um novo sistema em que o futuro dos colaboradores estaria nas mãos do sistema financeiro e das incertezas das Bolsas. . .
A Justiça brasileira enterrou temporariamente esse macabro projeto . . .

3 - A ameaça da Excelência 2 : era petista

A era petista nasceu sob o signo da esperança e da retomada dos sonhos. Provavelmente, a grande maioria da “ família Petrobrás “ , que sentia a Empresa ser ameaçada em sua Excelência e em sua própria existência, deve ter depositado seu voto de confiança nessa promessa de mudança e renovação.

Triste engano ! De todas as ameaças listadas e comentadas no item anterior, somente uma delas teve seu processo abortado : a reposição de efetivos, até como condição para se atingir a politicamente tão sonhada auto-suficiência na produção de petróleo nacional ( que Lula proclamou como sendo obra de seu governo...).

Todas as demais ameaças e muitas outras ainda piores, foram retomadas e colocadas no caminho da Empresa.

Vejamos algumas ( além das ameaças constantes no item anterior ) :


* Reposição de efetivos
Os novos colaboradores finalmente admitidos na Empresa, deixaram à mostra as feridas e as ameaças de uma inadequada Política de R. H. : são regidos por regras diferentes, por sistemas diferentes, têm direitos e deveres diferentes, não têm plano de Previdência Complementar, trabalham amparados por um estranho “ seguro de vida “ . A grosso modo, pode-se afirmar que esses 5.000 a 8.000 novos colaboradores, constituem “ empregados de 2ª classe “ .
Isso mesmo : a maior Empresa do Hemisfério Sul tem hoje empregados de 1ª e 2ª classes, realizando as mesmas tarefas, nas mesmas ambiências, com a mesma complexidade, sob a mesma bandeira . . . Isso sem falar nos 150.000 terceirizados que, dependendo das funções que exercem e da ambiência em que trabalham, podem certamente ser chamados de “ empregados de 3ª ou 4ª classes “ .
Essa é a nova “Política de Recursos Humanos de 5ª classe” , praticada hoje pela maior Empresa do Hemisfério Sul ! . . .

* Plano de Cargos
Definitivamente, ele virou agora um autêntico “samba do crioulo doido ” ! Obrigada por Wall Street a não colocar recursos em “peças mortas que não contribuem mais para os lucros daquela Empresa de uma perna só “, a Petrobrás, contra as determinações legais de seus Estatutos e de seu Plano de Previdência Complementar, dá aumentos anuais maiores aos ativos, criando “duas ou três faixas complementares” nas várias carreiras e negocia com os sindicatos cooptados, um pequeno “reajuste de consolação” para os aposentados e pensionistas . . . O Plano de Cargos ficou totalmente desfigurado !

* Sindicalistas cooptados
Como todo o Brasil está assistindo, a banda podre do PT, inundou as Estatais, os Órgãos Públicos, as Fundações, etc., com um grande contingente de sindicalistas, muitos deles em postos de Gestão .
No sistema Petrobrás não foi diferente : a maioria dos Sindicatos representativos da Empresa “ pulou a cerca “, estando hoje exercendo um estranho papel de parceria e cooptação com tudo que a Direção faz ! E é claro, todos esses novos “ sindicalistas / gestores “ , sejam eles “ experientes ” ajudantes de manutenção, operadores de Refinaria, auxiliares de escritório, administradores, contabilistas, etc., estão agora mimados e protegidos por aquelas “ remunerações de calar o bico “ , criadas na era neoliberal. . . Nada melhor para realmente cooptar qualquer um, até os “combativos e radicais” sindicalistas de antanho ! . . .

Essa é uma das maiores ameaças atuais à Excelência da Empresa : não que se tenha algo contra os sindicatos e os sindicalistas. Antes pelo contrário. Os sindicatos constituem a força legitimamente representativa do corpo de colaboradores, o contra-ponto de interesses entre a prepotência de muita Empresa e de muito Gerente inadequado e incompetente e a desproteção do subordinado.

A excelência da Petrobrás deve muito ao trabalho questionador do Sindicato, ao seu papel de fiscal contra as transgressões da Lei, ao aperfeiçoamento do processo negocial entre forças aparentemente antagônicas. Relações maduras, respeitosas e legais entre Empresa / Sindicatos só podem contribuir para a excelência de qualquer Organização. E alguns Sindicatos “dissidentes” desse rolo compressor petista de cooptação, continuam a exercer esse seu legítimo papel, mesmo contra as pressões das chamadas “ alas majoritárias “ .

Mas os outros, vindos da banda podre do PT e que na maioria não têm formação nem experiência adequadas em funções gerenciais, estão sendo colocados á frente de postos complexos, gerenciando pessoas e processos, sem preparação para isso. É´ uma lástima ! Como pode a Empresa manter sua Excelência com esse tipo de gestor que - à exemplo do chefe-mor - não ouve nada, não sabe de nada, não vê nada ?

* Desvios de recursos
Com todo o aparato montado pelo PT para sua perpetuação no poder e com esse tipo de “Gestor” que está à frente de muitas áreas importantes da Petrobrás, pode-se inferir como devem estar sendo desviados recursos significativos da Empresa, de atividades fins e essenciais para atividades secundárias e desnecessárias.
Pode-se , p. ex., citar a área de publicidade da Empresa : nos belos tempos, era uma área pequena, com verbas comedidas e modestas. Hoje, tornou-se uma área gigante, com milhões e milhões destinados aos Duda´s Mendonça da vida, numa duvidosa promiscuidade entre interesses da Empresa e interesses partidários. . .
Afinal, por que a Petrobrás precisa tanto de fazer publicidade ? Isso melhora a venda de seus produtos ? Melhora sua excelência ? Melhora sua aceitação pela população brasileira ?


* Plano de Previdência Complementar
Entre tantos desvios daquela exemplar e avançada Política de R. H. anterior, novamente, por determinação dos acionistas de Wall Street, a Empresa está tentando sepultar seu pioneiro Plano de Previdência Complementar. Afinal, para a Empresa de “uma perna só ”, que está prioritariamente voltada para satisfazer “uma só pessoa ” - os acionistas da Bolsa de Nova York - para que se preocupar com aposentados e pensionistas que não produzem mais um só centavo para os seus lucros ?

Uma das maiores ameaças à Petrobrás está em curso : desde maio, há uma guerra instalada na Empresa, com a quebra da confiança, a entronização da chantagem, o uso de mentiras e, até, o emprego de assédio moral coercitivo.
De um lado, a Petrobrás, a Petros e a ala majoritária da Federação Única dos Petroleiros ; do outro lado, os empregados, os aposentados, as pensionistas e alguns Sindicatos dissidentes.

Resumidamente, para não entrar em muitos detalhes : aquela tentativa da era neoliberal de colocar o futuro dos colaboradores na mão do sistema financeiro e das Bolsas e que fora “enterrada” pela Justiça brasileira, inclusive com a unânime repulsa dos Sindicatos, voltou com nova roupagem, com novas armadilhas.
O mote agora é um suposto “rombo” do Fundo de Pensão, de 5 bilhões, de 3,5 bilhões ou de 9 bilhões. A cada momento, dependendo das conveniências, os valores mudam . . . Só que esse “rombo” , na realidade, é formado por uma dívida da Empresa para com o Fundo, quando de sua criação, dívida essa oficialmente reconhecida pela própria Petrobrás, mas que ela só se dispõe a pagar, se os participantes abrirem mão de seu atual Fundo e aderirem ao tal Fundo “ garantido “ pelo “ desempenho das Bolsas de Valores “ . . .
O “ Contrato “, enviado para que os participantes abram mão de seus direitos e de “atos jurídicos perfeitos” passados, apelidado logo de “ kit da morte “, veio com a suposta chancela da Petrobrás, da Petros e da Federação dos Petroleiros, aqueles mesmos que, antes da “cooptação”, na frustrada tentativa anterior de FHC, foram os mais ferrenhos críticos ao projeto e conseguiram ““enterrá-lo ” na Justiça ! Suposta, porque está apenas “ carimbado ” com nomes ilegíveis e sem identificação, como se exige para um “ Contrato com valor legal ” .
Como faz bem uma gorda remuneração que tem o poder de transformar aguerridos guerreiros sindicalistas em dóceis cooptados de qualquer idéia ! . . .

“ Devo, não nego ! Mas não pago, a não ser que renunciem a seu direitos . . . “
Isso, em Gestão, se chama “ chantagem “ . . .
A proposta é “ tão boa “ que estão oferecendo, em troca, uma “ pequena compensação “ de três salários, ou R$ 15.000,00 ( o que for maior ) . São os ““trinta dinheiros “ que compraram a traição de Judas . . .

Independente de quem ganhe essa guerra, no final, o sistema de confiança entre Empresa / colaboradores estará seriamente abalado, tornando-se uma real ameaça para a Excelência da Petrobrás. . .


* A Melhor Empresa para se trabalhar
Há alguns anos, minha grande amiga Maria Amália Bernardi, quando era Editora Chefe da Revista Exame, lançou no Brasil a pesquisa americana “ A Melhor Empresa para se trabalhar “ . É´ um certame nacional, onde as Empresas são avaliadas em relação a vários itens, especialmente aqueles que constituem a essência de uma adequada Política de Recursos Humanos e que constroem a base para que a Empresa conquiste a Excelência. Participar desse evento e ser classificada entre as dez “Melhores Empresas para se trabalhar no Brasil” é uma honra e um objetivo buscado por centenas de Empresas brasileiras, a cada ano.
Por que a Petrobrás, a maior e mais bem equipada Empresa do Hemisfério Sul, jamais entrou para valer nesse disputa, nesses últimos anos ?
Coitada ! Desde que vem se afastando daquele seu percurso inicial e pioneiro - Gestão e Política de R. H. de ponta - e vem se afundando em uma Política de botequim de fundo de quintal, com os objetivos neoliberais de “ uma perna só ” , ou com os objetivos corporativos desse PT desviado, ela certamente não conseguiria uma boa colocação . . . Apesar de, no passado, já ter sido disparada, a melhor Empresa brasileira para se trabalhar . . .”

É claro que o importante não é conseguir uma boa ou má classificação nesse tipo de certame, mas refletir sobre como uma inadequada Política de R. H. pode ameaçar seriamente a manutenção da Excelência de uma Organização ! . . .

Nesse momento, parece estar claro para todo o corpo de colaboradores que a Petrobrás está conduzindo sua Política de Recursos Humanos com falta de transparência, com mentiras, com sofismas, com chantagem, com ameaças, com descumprimento das Leis e dos Contratos, enfim, com falta de ética .

E aí vem a pergunta : a Empresa que age assim com seu “mais valioso patrimônio” - os “colaboradores internos” , estará agindo com as “demais pessoas” do sistema - acionista, clientes-fornecedores e sociedade - com essa mesma falta de ética ?

É´ nesse cenário que se personaliza a preocupante frase-título desse texto :

Ameaça à Excelência ! . . .


Mas em tudo isso, fica uma certeza : os partidos, os políticos, os neoliberais, os petistas desviados, os acionistas de Wall Street, etc., passarão e a Petrobrás, que é maior que todos eles, permanecerá e, pela excelência de sua força de trabalho, conseguirá superar essas ameaças . . .



A Petrobrás só não é maior que o Brasil ! . . .



( * ) Filósofo, Pedagogo, Psicólogo, Administrador. Ex - Gerente de Administração e R. H. da Refinaria Gabriel Passos, do Serviço de
Engenharia da Petrobrás e da Fosfertil .

Autor dos Livros :

“ Recursos Humanos 100 %” ( edição esgotada )

“ Equipes 100% “ .

quinta-feira, agosto 17, 2006

O seu e o meu emprego

O seu e o meu emprego...

Caros políticos e candidatos aos cargos de Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Governador (e vice) e Presidente da República (e vice).

Em Outubro próximo, estarei (obrigatoriamente) contratando os senhores (através do meu voto) para exercerem cargos de muita importância para o meu estado e o meu País.

Antes, porém, gostaria de lembrá-los (e também, ao restante dos "patrões" como eu) que foram vocês, candidatos às vagas oferecidas, (habitualmente, sempre os mesmos) que:

* Faltaram aos trabalhos, fizeram má política o tempo todo, não votaram projetos, leis e orçamentos do interesse do cidadão, não foram éticos, são corruptos, votam os interesses próprios, "absolvem" a impunidade, valorizam a "maracutaia", recebem um excelente salário (oriundo da pesada e injusta carga tributária), apropriam-se de várias regalias, fazem pouco caso da população (seus patrões), envolvidos em dezenas de CPI's, mensalões, Caixa2, caloteiros da dívida pública (ex: precatórios alimentar), com inúmeros processos no Ministério Público, com riquezas acumuladas sem comprovação, promotores de vários desvios de verbas, de super faturamentos, de obras inacabadas, da falta de saneamento básico (ou da cobrança indevida por este), da péssima qualidade na saúde pública, da caótica educação, da má distribuição de renda, de uma injusta carga tributária, do ridículo desenvolvimento nacional, da venda do patrimônio público a grupos estrangeiros, sanguessugas, etc., etc., etc. e principalmente... do desemprego!

Concursado desde 1992, em Junho de 2006 fui demitido ao reagir com a dignidade devida às suas injustificadas maneiras de apadrinhar os seus capachos numa empresa de capital misto, (espalhada pelo estado de São Paulo e mantidas também, com o dinheiro do povo) que servem de cabide de emprego para incompetentes, sem concurso público.

Não se abate impunemente um profissional que tem talento, integridade, conhecimento, participativo e que muitas vezes suportou trabalhar em desvio da função, assédio moral e outras coações sem lançar um véu de maus presságios sobre os novos tempos.

Acreditando, ainda, em alguns dos senhores expus os meus trabalhos, projetos e as minhas qualificações profissionais que poderiam ser absorvidos pelo mercado de trabalho. Mas, as portas estavam sempre fechadas.

Pois é, senhores políticos, por uma óbvia ironia agora eu sou o patrão. E assim como eu milhões de desempregados também o são!

Infelizmente vivemos tempos muito estranhos, em que as coisas que precisam ser ditas ficam escamoteadas, camufladas, sussurradas, caladas. Nada se reclama, nada se critica, para preservar amigos, cargos, salários, posições, espaços de poder, enquanto o profissionalismo e a ética vão se diluindo e se dissolvendo na autocrítica.

Lembrem-se de que essas eleições não serão as últimas.

Portanto, fora o péssimo curriculum dos senhores a história sempre mostrou que o mau político é aquele que durante a eleição corre atrás dos militantes e dos eleitores (comícios, rádios, televisões, andando pelas ruas, distribuindo "santinhos", fazendo promessas, etc.) e depois de eleito foge dos mesmos como o diabo da cruz, não os conhece mais, troca o número do celular para não ser localizado; não se consegue falar com ele (alguns com assessores - cães de guarda); nunca pode atender; está sempre em reuniões.

Gostem, vocês (candidatos) ou não a política está aí, desde a Grécia Clássica, para nos apontar os caminhos que o cidadão tem para atender suas necessidades de forma organizada e evoluir como sociedade e fazendo do direito ao VOTO NULO ou o fim do voto obrigatório uma ferramenta fundamental da democracia e da liberdade.

Senhores, pode-se enganar alguns o tempo todo, mas não todos o tempo todo. E eu digo, que a eleição "democrática" em Outubro vai ser um pesadelo humorístico.

Enfim, caros "patrões-eleitores" temos de refletir nas obras e na realidade da vida atual. Mas não podemos cair na morte da esperança, como muitos fazem.

Como hoje eu sou o patrão, quero reforma política é jurídica Já!

E alerto a todo o patronato que os contratará em Outubro próximo:

O Brasil é tão bom como o seu voto...mas, os políticos que estão aí NÃO!

"É com o exercício do voto nulo que poderemos abrir os caminhos para a extinção do voto obrigatório" e estabelecer de vez a verdadeira democracia no País.

Hypólito Martinez Jr.

Movimento Nacional pelo Voto Nulo – M.N.V.N.

http://www.geocities.com/anuleovoto/
hypolitomartinez@gmail.com
São José dos Campos – SP - Brasil

quarta-feira, agosto 16, 2006

PREMONIÇÃO

PREMONIÇÃO

Jucelino Nóbrega da Luz, 45 anos, professor de Letras que, através de
sonhos premonitórios, já previu, entre outras coisas, a morte do piloto
Ayrton Senna, o atentado ao World Trade Center e o tsunami na Ásia.
Nascido em Maringá, no interior do Paraná, no dia 7 de março de 1960,
Jucelino revela que, desde os 9 anos, tem visões sobre o futuro (elas
acontecem durante o sono, seis dias por semana). Durante esses sonhos,
Jucelino diz que recebe orientações de um mentor, que indica nomes e
endereços das pessoas envolvidas em suas visões. Ao despertar, Jucelino
redige cartas que, depois de registradas em cartório, são encaminhadas a
essas pessoas ou às autoridades que precisam ser avisadas sobre o futuro.
São várias as previsões do professor Jucelino da Luz para o futuro. Para os
brasileiros amantes do futebol, por exemplo, as notícias não são nada boas.
A seleção não conquistará o hexa campeonato na Alemanha. A Itália será
campeã - avisa. Outra previsão que poderá tirar o sono de muita gente diz
respeito ao INSS. De acordo com Jucelino, em 2009, um caos tomará conta do
país. Com um déficit de R$ 1 trilhão, daqui a três anos, o INSS não terá
dinheiro para pagar os aposentados e pensionistas. Isso causará um caos no
Brasil - prevê. O prazo que Deus nos deu é 31 de dezembro de 2007. Até
esta data é preciso que haja uma reversão na questão dos poluentes. Se não
tomarmos providências, a partir de 1º de janeiro de 2008 terão início
grandes catástrofes no mundo. A questão climática se tornará irreversível!
Não viveremos além de 2043 - diz Jucelino.AS PREVISÕES . A Itália será
campeã da Copa do Mundo da Alemanha, este ano; Terremoto na Turquia
causará a morte de centenas de pessoas (setembro de 2006); Geraldo
Alckmin será eleito presidente do Brasil; José Serra será eleito
governador de São Paulo; O apresentador Clodovil será eleito deputado em
São Paulo; . Tornado atingirá o Rio de Janeiro no dia 19 de outubro de
2007, causando milhares de mortes; Terremoto causará a morte de mais de 1
milhão de pessoas na China (13 de setembro de 2008); Erupção de um vulcão
nas Ilhas Canárias produzirá ondas gigantes (80 metros) que atingirão o Rio
de Janeiro (entre 2013 e 2016). No último dia 26 de março, o Brasil perdeu
a atriz Ariclê Perez, 62 anos. Seu corpo foi encontrado na entrada interna
da garagem do prédio em que morava. Ela teria caído ou pulado da janela do
10º andar. A polícia investiga o caso, mas trabalha com a hipótese de
suicídio.Jucelino da Luz, porém, afirma que Ariclê foi assassinada "por uma
pessoa conhecida e íntima da família". O paranormal tem uma cópia da carta
enviada à atriz, protocolada e autenticada no Primeiro Tabelionato de Pouso
Alegre (MG), em 10 de março. Segundo as premonições de Jucelino, outro
suposto suicídio envolvendo pessoa pública, na verdade, foi um
assassinato. É o caso da morte, em 7 de janeiro deste ano, do general
Urano Teixeira da Matta Bacellar, comandante da missão de paz da ONU no
Haiti. Cerca de quatro meses antes do incidente, em 31 de agosto de 2005,
Jucelino enviou correspondência alertando o general. - Ele foi morto porque
outras pessoas tinham interesse em seu cargo e também porque sabia de
algumas irregularidades - revela Jucelino. Alguns fatos previstos por
Jucelino, e que ainda estariam por acontecer, chamam a atenção. Um exemplo
seria a chegada ao Brasil, no início de 2007, do vírus da gripe aviária. -
Uma ave migratória trará essa doença ao Brasil, em setembro deste ano. O
vírus sofrerá mutações em nosso país, dando início a uma pandemia -
prevê.Jucelino faz um alerta específico às autoridades cariocas. Segundo
ele, haverá um problema que afetará a usina nuclear de Angra dos Reis - Em
dezembro de 2006, fortes chuvas causarão problemas na usina nuclear.
Haverá grande erosão no local e o vazamento de resíduos comprometerá a
qualidade de vida da população local. Já enviei uma carta Rosinha
(governadora do Estado do Rio de Janeiro) e à Marina Silva (ministra do
Meio Ambiente) alertando sobre o problema - garante Jucelino. As previsões
sobre catástrofes, doenças e acidentes são maioria nas previsões do
paranormal. Ao menos uma notícia boa na área da saúde: a cura para a Aids
dentro de aproximadamente dois anos.- A Aids foi criada pelo homem para ser
utilizada como arma biológica, mas seus inventores não criaram um
antídoto. Em 2008 será criada uma vacina para ela - afirma.Mas se a cura da
Aids chegará, Jucelino prevê o aparecimento, entre 2011 e 2013, de uma
doença ainda mais letal.- Os cientistas darão o nome de Heros para a
doença. Ela será transmitida pelo ar e matará as pessoas em apenas quatro
horas - profetiza Jucelino.

"Procurando o bem para os nossos semelhantes encontramos o nosso."
(Platão)

terça-feira, agosto 15, 2006

Querem calar a Voz do Trabalhador: Censura à Revista do Brasil

Há cerca de três meses, o cenário da imprensa alternativa brasileira foi
chacoalhado pelo lançamento de uma revista mensal, de ampla circulação,
financiada exclusivamente por trabalhadores. A Revista do Brasil, que em
seu primeiro número de capa trouxe uma matéria sobre o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, nasceu com 360 mil exemplares de tiragem e o
compromisso de se tornar semanal. Compromisso esse que pode não se cumprir
porque a covarde censura, acobertada sob a toga da Justiça Eleitoral,
ressurge no Brasil democrático.
Uma decisão do ministro Carlos Alberto Menezes, do Tribunal Superior
Eleitoral, a partir de representação apresentada pela coligação Por um
Brasil Decente (PSDB/PFL), proibiu a distribuição da revista por qualquer
meio, sob pena de multa. Os sindicatos já anunciaram que vão recorrer.
Anunciaram que lutarão para impedir que a Constituição Brasileira seja
rasgada.
O Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social é solidário a essa luta
e conclama todos aqueles que militam pela democratização dos meios de
comunicação a se levantarem contra essa arbitrariedade.
Na decisão, o juiz argumenta que a leitura da revista demonstra que "há
claro intuito de beneficiar um dos candidatos à Presidência da República e
de prejudicar outro, configurando neste caso propaganda eleitoral
negativa", acrescentando que o primeiro número incorreria em "propaganda
eleitoral em período vedado" e ainda que "os sindicatos não podem
substituir-se aos partidos políticos em matéria de propaganda eleitoral".
A representação apresentada pelo PSDB e pelo PFL se estrutura com base no
primeiro número da revista. A decisão da Justiça Eleitoral, no entanto, se
estende, previamente, a todos os números subseqüentes. Aos números que nem
sequer existem. Ou seja, estamos diante de uma decisão da autoridade máxima
eleitoral que, ao atender os anseios dos partidos coligados em torno da
candidatura de Geraldo Alckmin, irá impedir, aprioristicamente, que um
veículo jornalístico seja distribuído, difunda suas idéias, com base no
argumento de que ele faz "propaganda" para um candidato.
A Constituição de 1988 consagra a liberdade de expressão. Em seu artigo
220, afirma que "a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a
informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer
restrição, observado o disposto nesta Constituição". Também, diz, em
parágrafo do mesmo artigo, que "é vedada toda e qualquer censura de
natureza política, ideológica e artística". E por fim, que "a publicação de
veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade".
A decisão do TSE afronta totalmente o que está citado no parágrafo
anterior. Afronta, também, o direito dos trabalhadores de construírem,
democraticamente, um canal de circulação para uma visão alternativa dos
processos políticos do País.
A perseguição às iniciativas de comunicação da classe trabalhadora não é
nova. Surge juntamente com essas publicações, que, desde o final do século
19, pelo simples fato de existirem, contribuem para a consolidação de uma
sociedade mais democrática ao promoverem a controvérsia, sem a qual um
regime se torna estéril. Estranha, no entanto, o atrevimento de uma ação
dessa natureza em pleno século 21. Em pleno regime democrático.
Diariamente dezenas de veículos impressos manifestam opiniões, entre elas
as políticas e eleitorais. Nem por isso são e nem devem ser tirados de
circulação. A liberdade de expressão é um direito que deve ser garantido a
todo cidadão, e a pluralidade de veículos favorece a instituição de uma
sociedade democrática.
Contudo, a distinção no tratamento dado ao veículo em questão reflete, não
apenas um ataque à liberdade de expressão, mas arbitrariedade, ausência de
critérios e discriminação. Tal decisão vai na contramão da pluralidade e da
democracia.
O que estaria dizendo a grande mídia se tal arbitrariedade atingisse um de
seus veículos? Onde está a Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa,
construída com participação da Unesco, para se pronunciar contra essa
arbitrariedade? Onde estão os jornalistas, defensores da democracia, que
viveram os anos de chumbo e que viram seus textos serem rasgados pela
tesoura da censura?
A Revista do Brasil é um veículo jornalístico, que em sua segunda edição
informa, com propriedade e qualidade, sobre as demissões que ocorrem
atualmente na indústria automotiva paulista. Que além de reportar fatos
sobre a política federal, também discute educação, saúde, moradia e
cultura. Noticia temas de claro interesse público. É de se exigir,
portanto, que ela seja tratada dessa maneira, e que se aplique a ela nada
além dos mesmos critérios que são aplicados aos outros periódicos
brasileiros.
São Paulo, 1º de agosto de 2006
Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social






Mariana Martins
Assessoria de Comunicação
Terra de Direitos
81- 99133293
81- 32315882
www.terradedireitos.org.br

Alkimim

(Coluna Cláudio Humberto - Correio Brasiliense)

Alkimim aposentou-se aos 42 anos. Documento do INSS obtido pela coluna
mostra que o candidato a Presidente Alkimim não pode reclamar da vida: a
aposentadoria especial para anistiado político, concedida em 1996 e
requerida um ano antes, retroagiu a 5/10/1988 ( !! 8 anos de "retroação"!!),
um dia antes de ele completar 43 anos.

O candidato a presidente tinha 22 anos de serviço, na ocasião. O
benefício, que em 2005 totaliza R$ 8.862,57, está devidamente isento do
pagamento de imposto de renda.

Senhoras e Senhores, a notícia acima, trazida pela Guilhermina Ferreira
Oliva mostra o que se convencionou chamar "dois pesos, duas medidas", pois,
ao contrário dos simples mortais brasileiros, Alkimim aposentou-se sem mesmo
atingir 25 anos de trabalho, foi contemplado retroativamente com a
aposentadoria, mercê da Lei da Anistia, e recebe integralmente, como se na
ativa ainda estivesse.

O que ocorre, efetivamente, é que Alkimim JAMAIS foi anistiado, porque
NUNCA foi cassado, somente esteve preso (em sala especial, não freqüentou
elas com grades) na Polícia Federal.

A totalidade dos cidadãos brasileiros, "ad eternum" pagará essa conta,
EXCETO os anistiados, que estão, ISENTOS de pagamento de imposto de renda,
taxação de inativos, e essas coisinhas desconfortáveis atribuídas à plebe
rude , assim considerados todos os que não fazem parte da "turma", ou alguns
cortesãos que obtiveram algumas ilegítimas migalhas.

Os aposentados pelo INSS sabem bem o que é trabalhar 35 ou mais anos,
pagar aposentadoria pelo máximo (tem gente que pagou até pelo teto de 20
salários em salários mínimos) e recebe hoje, em valores de referência, algo
que não ultrapassa R$ 1.600,00. Ou seja: bom mesmo foi ser preso, por
qualquer motivo, ou até acusado, sem prisão (tudo isso muito melhor do que
trabalhar feito doido por 35 anos ou mais...), que a lei da anistia estendeu
o perdão amplo, geral e irrestrito, concedendo verdadeiros prêmios lotéricos
aos contemplados , a considerar a diferença abissal entre as condições de
aposentadoria dos anistiados e do resto da população.

Alkimim NUNCA entrará em filas do INSS, não terá que ser recadastrado aos
90 anos.

Sua Excelência não sabe o que é um batente diário, aposentou-se com 22
anos de contribuição, 43 anos de idade incompletos, e tudo bem! E depois não
querem (não se deve mesmo, não é?) que o brasileiro fraude a previdência,
sonegue imposto, e coisas que tais, mas como impedir tudo isso, em um país
onde se depara com coisas assim?

Não há como deixar de dar razão a Ruy Barbosa "De tanto ver crescer a
INJUSTIÇA, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos MAUS, o homem
chega a RIR-SE da honra, DESANIMAR-SE da justiça e TER VERGONHA de ser
honesto!" ·

E ele ainda quer ser eleito !!!!!!!!!!!

Qualidade de Vida

Qualidade de Vida
Repasse da palestra ministrada pelo Sr. Diaulas do Hospital OASIS do Paraná – Tratamentos Naturais
• ENXAQUECA
• Enxaqueca Matinal: ferver a casca da laranja (+- 5cm) por 5 minutos e tomar o chá;
• Enxaqueca à tarde: geralmente é causada por problemas digestivos – tomar chá de boldo;
• Enxaqueca de ressaca e sonolência: pela manhã bater levemente uma fatia de melancia com semente, coar e tomar

este suco;
• Dor de Cabeça: colocar os pés por 1 minuto imersos em água supergelada;
• STRESS
• Comer 1 maçã por dia – sempre no café da manhã ou no lanche da tarde, nunca após as refeições; (também

combate a asma e a rouquidão)
• Fazer chá da casca da maçã e tomar antes de dormir;
• Caminhar de 5 a 15 minutos diariamente descalço na terra ou na grama;
• Nas dermatites seborréicas/caspas causadas pelo stress, esfregar por 2 minutos o couro cabeludo com sementes

de tomate e lavar em seguida com água fria (ou o mais fria possível);
• GRIPES/PNEUMONIA
• Assar bananas em forno convencional, pulverizar com canela em pó e comer à vontade pela manhã;
• A casca da banana também é utilizada para remover verrugas, para cicatrizar queimaduras de até 3o. grau e

para rachaduras nos pés – raspar a parte interna da casca, colocar sobre o local e cobrir com band aid ou uma faixa;
• INFECÇÃO DE GARGANTA
• Fazer gargarejo com suco de abacaxi com uma pitada de sal;
• Comer sempre que possível, rodelas de abacaxi à noite (como sobremesa do jantar)
• AFTA
• Mastigar folhas do olho da mangueira por alguns segundos e descartar;
• GASTRITE/ÚLCERA
• Liquidificar 1 batata grande (ou 2 médias) e tomar 1 copo pequeno deste “leite” 30 minutos antes do café da

manhã e 30 minutos antes do jantar;
• Gastrite: tratar por 2 semanas;
• Úlcera: tratar por 1 mês;
• AZIA
• Mastigar pedaços de batata crua e engolir o suco;
• FURÚNCULOS/HEMORRAGIAS
• Colocar rodela de cebola crua sob o local do furúnculo e enfaixar/colocar esparadrapo – deixar de um dia para

o outro. O furúnculo sairá completamente e vai ficar um buraco no local que fechará em alguns minutos após a remoção

da bandagem;
• Nos cortes, esfregar pedaço de cebola crua no local várias vezes;
• Nas hemorragias nasais, cheirar profundamente um pedaço de cebola crua;


• COLESTEROL ELEVADO
• Cortar uma berinjela grande em fatias finas (com casca) e colocar de molho em 1 litro de água – colocar na

geladeira de um dia para o outro. No dia seguinte remova as rodelas de berinjela e acrescente o suco de 2 limões e

beba este litro ao longo do dia.
• Cuidado, esta receita usada por mais de 15 dias causa emagrecimento acelerado, não ultrapasse 60 dias de uso

contínuo.
• DIABETE
• Fazer um chá de 80 gramas da raiz da urtiga em 1 litro de água por dia;
• ARTROSE
• Fazer chá das folhas do sabugueiro;
• SARAMPO
• Fazer chá das flores do sabugueiro;
• HIPERTENSÃO
• Pegar 3 dentes de alho à noite, esmagar, colocar em uma xícara com água e com o suco de 1 limão, tomar pela

manhã e completar os mesmos dentes esmagados com água e limão novamente, tomar à noite e repetir a receita com outros

3 dentes de alho para o dia seguinte, ou seja cada 3 dentes são usados para tomar o remédio 2 vezes;
• Bater no liquidificador 1 pepino caipira, coar e tomar 1 cálice;
• MÁ CIRCULAÇÃO
• Imergir os pés em água quente por 4 minutos e em seguida colocar em água fria por 1 minuto e voltar para a

água quente e fria sucessivamente.
• MARCAS DE ESPINHAS/RUGAS NO ROSTO
• Fazer uma mistura de argila, suco de cenoura, mel e confrei e aplicar uma camada desta pasta de

aproximadamente 1 cm no rosto por uns 40 minutos;
• METABOLISMO BAIXO
• Tomar cápsulas de pimenta caiena (farmácia de homeopatia); - ajuda no emagrecimento;
• FIBROMIALGIA/RELAXANTE MUSCULAR
• Mastigar a casca seca da laranja;
• DOR NO OMBRO
• Ralar o caroço de um abacate, colocar no álcool por uns 10 dias e massagear o local;
• DICAS GERAIS
• Tome no mínimo 3 litros de água por dia;
• Tome banho o mais frio possível;
• As receitas dadas devem sempre ser feitas com frutas/verduras/legumes etc., frescos, nunca de garrafa ou

congelados;
• Não prepare as receitas em microondas;
• Não adicione açúcar em nenhuma das receitas e tente diminuir o consumo deste produto ao mínimo possível na

dieta regular;
• A casca da laranja é um excelente analgésico;

VOTO NULO

Se a muitos anos a "safra" de políticos tem demonstrado total falta de ética e respeito pelo povo brasileiro, não me resta outra alternativa: ESTOU CONTRA O SISTEMA POLÍTICO!

O Sistema Político que aí está é um perpetuador da corrupção, do nepotismo e da impunidade. Os partidos têm a reserva da representação e escolhem (e mal) as pessoas em quem você ou eu poderemos votar. E só podemos votar nos que eles já escolheram. Eleitos, quem os tira de lá? (pois toa eleição são sempre os mesmos) Só eles mesmos! Claro que a gente pode pressionar. Mas se eles não quiserem, nada feito. Lembra? A maioria absoluta dos brasileiros disse em praça pública que queria eleições diretas. Mas quem decidiu foram umas centenas de parlamentares. Corruptos, traficantes e até assassinos, réus confessos, se abrigam sob a impunidade parlamentar. É o Sistema Político que está podre, absorvendo e apodrecendo a Sociedade, servindo de modelo e apodrecendo tudo em que toca.

Se eu escolher novamente este ou aquele político, talvez eleja um ovo sadio para colocar na cesta de ovos podres. E todos sabem o que acontece...O problema não é que alguns políticos são podres. O problema é que a maioria está com , hábitos e costumes apodrecidos. Basta ver como votam e se protegem uns aos outros. Como conservam seus privilégios e suas impunidade até por crimes comuns. Por isso, voto nulo: quero dizer com meu voto que sou contra a podridão e principalmente CONTRA O VOTO OBRIGATÓRIO.

Se você é contra a corrente que te ataram ao pescoço todos esses longos anos, não se trata de escolher quem vai segura-la, mas encontrar uma forma de se livrar dela...e de todos os que querem atar correntes em seu pescoço e segura-la.

Quero que meu voto seja útil. Não utilizado por este ou aquele candidato para "arrumar" sua vida e a vida de seus cupinchas e apadrinhados como sempre fizeram. Útil para dizer que não concordo mais com tanta impunidade, tanta roubalheira e tanta podridão! Que também quero: Reforma Política é Jurídica Já!!!

O VOTO NULO
é tão legal quanto o voto válido. Veja isso: "Temor de crescimento dos votos nulos faz TSE gastar R$ 3,8 milhões em campanha contra a anulação de votos." Folha Online. 01/08/2006.

A última pesquisa divulgada em 04/08/2006 pelo NT/ SENSUS já foi totalizado 20,9% entre os eleitores que votam nulo ou em branco. A MTV (canal fechado) faz propaganda pelo VOTO NULO!

O VOTO NULO
a partir das eleições de 2006 já tem 3 importantes significados:

1. Esclarecer a lei de voto nulo Lei Eleitoral- No. 4.737 / 65 artigo 224, e fazer com que o povo exerça a verdadeira democracia estando esclarecido sobre a lei. Dando assim as opções de protestar, não votar no menos pior e reivindicar mudanças em nossas leis.

2. Fim do voto obrigatório. Como em toda a verdadeira democracia no mundo.

3. A reformulação de nossa Constituição. (O fim da imunidade parlamentar, redução do salário de todos os senadores, deputados federais e estaduais e vereadores para 1 salário mínimo, já que, pela nossa constituição ele atende a todas as necessidades básicas vitais, implantação do Imposto Único, etc.)

"É com o exercício do voto nulo que poderemos abrir os caminhos para a extinção do voto obrigatório" e estabelecer de vez a verdadeira democracia no País.

Hypólito Martinez Jr.
M.N.V.N. – Movimento Nacional pelo Voto Nulo
http://www.geocities.com/anuleovoto/
hypolitomartinez@gmail.com

VOTO NULO

Se a muitos anos a "safra" de políticos tem demonstrado total falta de ética e respeito pelo povo brasileiro, não me resta outra alternativa: ESTOU CONTRA O SISTEMA POLÍTICO!

O Sistema Político que aí está é um perpetuador da corrupção, do nepotismo e da impunidade. Os partidos têm a reserva da representação e escolhem (e mal) as pessoas em quem você ou eu poderemos votar. E só podemos votar nos que eles já escolheram. Eleitos, quem os tira de lá? (pois toa eleição são sempre os mesmos) Só eles mesmos! Claro que a gente pode pressionar. Mas se eles não quiserem, nada feito. Lembra? A maioria absoluta dos brasileiros disse em praça pública que queria eleições diretas. Mas quem decidiu foram umas centenas de parlamentares. Corruptos, traficantes e até assassinos, réus confessos, se abrigam sob a impunidade parlamentar. É o Sistema Político que está podre, absorvendo e apodrecendo a Sociedade, servindo de modelo e apodrecendo tudo em que toca.

Se eu escolher novamente este ou aquele político, talvez eleja um ovo sadio para colocar na cesta de ovos podres. E todos sabem o que acontece...O problema não é que alguns políticos são podres. O problema é que a maioria está com , hábitos e costumes apodrecidos. Basta ver como votam e se protegem uns aos outros. Como conservam seus privilégios e suas impunidade até por crimes comuns. Por isso, voto nulo: quero dizer com meu voto que sou contra a podridão e principalmente CONTRA O VOTO OBRIGATÓRIO.

Se você é contra a corrente que te ataram ao pescoço todos esses longos anos, não se trata de escolher quem vai segura-la, mas encontrar uma forma de se livrar dela...e de todos os que querem atar correntes em seu pescoço e segura-la.

Quero que meu voto seja útil. Não utilizado por este ou aquele candidato para "arrumar" sua vida e a vida de seus cupinchas e apadrinhados como sempre fizeram. Útil para dizer que não concordo mais com tanta impunidade, tanta roubalheira e tanta podridão! Que também quero: Reforma Política é Jurídica Já!!!

O VOTO NULO
é tão legal quanto o voto válido. Veja isso: "Temor de crescimento dos votos nulos faz TSE gastar R$ 3,8 milhões em campanha contra a anulação de votos." Folha Online. 01/08/2006.

A última pesquisa divulgada em 04/08/2006 pelo NT/ SENSUS já foi totalizado 20,9% entre os eleitores que votam nulo ou em branco. A MTV (canal fechado) faz propaganda pelo VOTO NULO!

O VOTO NULO
a partir das eleições de 2006 já tem 3 importantes significados:

1. Esclarecer a lei de voto nulo Lei Eleitoral- No. 4.737 / 65 artigo 224, e fazer com que o povo exerça a verdadeira democracia estando esclarecido sobre a lei. Dando assim as opções de protestar, não votar no menos pior e reivindicar mudanças em nossas leis.

2. Fim do voto obrigatório. Como em toda a verdadeira democracia no mundo.

3. A reformulação de nossa Constituição. (O fim da imunidade parlamentar, redução do salário de todos os senadores, deputados federais e estaduais e vereadores para 1 salário mínimo, já que, pela nossa constituição ele atende a todas as necessidades básicas vitais, implantação do Imposto Único, etc.)

"É com o exercício do voto nulo que poderemos abrir os caminhos para a extinção do voto obrigatório" e estabelecer de vez a verdadeira democracia no País.

Hypólito Martinez Jr.
M.N.V.N. – Movimento Nacional pelo Voto Nulo
http://www.geocities.com/anuleovoto/
hypolitomartinez@gmail.com

segunda-feira, agosto 14, 2006

Chuva de aliens

Chuva de aliens
Extraterrestres estão por trás de uma tempestade de sangue na índia, dizem cientistas. É sério
"Super Interessante"
Por Tiago Cordeiro

ETs caíram do céu. Essa é a conclusão dos físicos Godfrey Louis e Santosh Khumar, da Universidade Mahatma Gandhi, na Índia. Tudo começou entre julho e setembro de 2001. Foi quando choveu vermelho em uma região do país deles . As roupas das pessoas ficaram manchadas de algo que lembrava sangue. Desde então, eles tentam entender o que provocou aquilo. E agora, em 2006, publicaram o resultado de suas pesquisas: a chuva vermelha continha células alienígenas. Células para valer, capazes de se reproduzir e tudo. "No começo pensamos que poderia ser algas ou pólen. Quando olhamos as partículas no microscópio, percebemos que elas têm o tamanho de células sanguíneas de mamíferos", disse Godfrey à SUPER. Mas a hipótese era esquisita. Seria preciso muito sangue para provocar as 50 toneladas de partículas que os dois cientistas estimam ter caído em dois meses. Foi então que eles descobriram: poucas horas antes da primeira chuva vermelha, moradores da região ouviram um estrondo no céu. O físico acredita que o barulho pode ter sido a explosão de um meteoro. Se foi isso mesmo, as células teriam chegado de carona na rocha e se diluído na chuva. Mais: os estudos mostraram que elas são feitas de 50% de carbono e 45% de oxigênio (as células terráqueas também são ricas nesses elementos), não têm DNA e são muito machos: se reproduzem sob temperaturas de até 300 ºC. Mas esses resultados não são conclusivos. Outros laboratórios precisam comprová-los para que haja certeza. Aí, quem sabe,a ciência poderá dizer que não,não estamos sozinhos.

SÓ NÃO CHOVE CANIVETE NESSE MUNDÃO

Areia
Chuvas vermelhas não são incomuns. Em 1968, o sul da Inglaterra ficou tingido por precipitações avermelhadas. Culpa de grãos que tinham se infiltrado nas nuvens após tempestades de areia no Saara.

Sapo
Uma plantação no Kansas ficou coberta de saposmortos em 1873. O mesmojá tinha rolado naFrança. Mas qualquer semelhança com o filme Magnólia (1999) é coincidência. Nesses casos, a culpa foi dovento mesmo.

Água fantasma
Em 1886, moradores da Carolina do Norte registraram chuvas sem nuvens. É que os ventos podem afastar rapidamente as nuvens durante uma tempestade. Como a água já foi lançada, chove sem nuvem nenhuma lá em cima.

Cocô
Gelo que cai do céu pode não ser o que aparenta. Em 1992,uma casa emWoodinville, Washington, foi atingida por pequenas bolas esverdeadas. Eram dejetos humanos que tinham despencado do banheiro de um avião.

Publicado na Edição 229 - 08/2006