quarta-feira, março 16, 2011

A Elegância do Comportamento

A Elegância do Comportamento


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca e das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir aos frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve de se arrebentar para fazê-lo... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos formais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. É elegante ser gentil. Atitudes gentis falam mais do que mil imagens... Abrir a porta do carro para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar é muito elegante... Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda é muito elegante... Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante... pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la, é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de "status" social: se os amigos não merecem certa cordialidade, os desafetos é que não poderão desfrutá-la.

Fonte

Adaptação de texto extraído do Livro: "Educação enferruja por falta de uso”

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