sábado, junho 18, 2011

Cirurgia Joelho

Atendendo a alguns pedidos que me fizeram solicitando mais detalhes sobre a cirurgia no joelho, vou colocar aqui o que realmente foi o momento da operação.

Data da cirurgia 15 de junho de 2010.

Bem, foi relativamente rápido, porém o fato de ter sido levado para a sala de cirurgia lúcido, andando como quem vai passear... nossa aquilo foi "trash" viu.

Me levaram andando, sem nenhuma medicação conversando como quem vai no parque aos domingo. A sala era grande, com uma maca com lugar para os braços e pernas, parecia um crucifixo, sendo que a metade inferior era dividido, a parte das pernas abria, então a pessoa acaba ficando que nem uma estrela do mar, todo arreganhado na maca, e parece que amarram a pessoa nela.

Na hora que me sentei naquela maca, um lugar frio, cheio daquelas luzes de mesa cirurgia, tinha umas 6 pessoas dentro da sala, todas fazendo alguma coisa. Uma instrumentadora cirúrgica ia colocando as ferramentas numa mesinha ao lado maca, ali tinha uma furradeira, vários bisturis, fórceps, uns instrumentos pontiagudos enormes, muitos ferros e outras coisas que nunca tinha visto(melhor nem lembrar). Depois eles colocaram um aparelho de ressuscitação próximo a maca, outro de monitoramento cardíaco, e me deitaram na cama para começar a colocar o soro. Nessa hora já senti que iria desmaiar, e me deu uma vontade enorme de me desculpar e dizer que não iria operar mais, queria ir pra casa, estava conformado que não iria mais andar normalmente e iria viver feliz se nunca mais tivesse que entrar naquele ambiente novamente.

Bom, acho que de tão assustado não falei nada e deixei que espetassem meu braço, que pelo fato de estar mesmo quase desmaiando, minha pressão estava caindo. Lembro que falei que estava passando mal, pedi para pegarem minha pressão, a enfermeira chefe mandou a auxiliar me monitorar, em segundos veio o veredito: “ - pressão 10:4, ele vai apagar”.

A enfermeira chefe pediu que eu respirasse fundo e olhasse para o outro lado, até que foi bom pois era o lado que tinha o monitor para as câmeras que iria entrar em minha perna, além disso já tinha furado meu braço em vários lugares, pois como a pressão, que já é naturamente baixa, caiu mais e o calibre das artérias diminui portanto escapa da agulha e tomé-lhe mais furadas no braço. Depois de muitos furos, eu estava melhorando e o medo passou mais, então conseguiram pegar minha veia. O anestesista já estava na sala, eu perguntei mais uma vez se não podia tomar a tal da “hacker” deitado, e de preferência apagado. Disseram que iriam me sedar, mas que eu teria que estar acordado pois a melhor posição para aplicar é sentado. Azar o deles, só me lembro até aqui, já estava grogue, acho que deram um mínimo de anestésico, apaguei e só me lembro de estar acordando no quarto, umas 4 horas depois. Ou foi isso ou a anestesia geral deu um black-out na minha mente e não me lembro do que houve depois que aplicaram o soro.

Sobre a anestesia, embora tivessem me dito que seria uma raqui, informaram depois que foi uma peridural. Parece que a diferença é que essa é apenas para tirar a sensação de dor, não paralisa os músculos, além de ser um nível de aplicação diferente. Sei que dias depois e minhas costas ficou dolorida e com um “calombo” que dói toda vez que me deito ou encosto no sofá. Só passou uns 15 dias depois (postagem só publicada agora).

Essas anestesias deixam a pessoa um pouco "lenta", com dificuldade de lembrar de algumas coisas e um dor de cabeça forte esporádica, mas chata pra caramba. Acho que fiquei assim por mais de um mês.

Agora é esperar que dê tudo certo, me recupera bem e se Deus quiser, até o final dos meus dias não preciso entrar nesse ambiente hospitalar novamente.


Nenhum comentário: