quinta-feira, agosto 17, 2006

O seu e o meu emprego

O seu e o meu emprego...

Caros políticos e candidatos aos cargos de Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Governador (e vice) e Presidente da República (e vice).

Em Outubro próximo, estarei (obrigatoriamente) contratando os senhores (através do meu voto) para exercerem cargos de muita importância para o meu estado e o meu País.

Antes, porém, gostaria de lembrá-los (e também, ao restante dos "patrões" como eu) que foram vocês, candidatos às vagas oferecidas, (habitualmente, sempre os mesmos) que:

* Faltaram aos trabalhos, fizeram má política o tempo todo, não votaram projetos, leis e orçamentos do interesse do cidadão, não foram éticos, são corruptos, votam os interesses próprios, "absolvem" a impunidade, valorizam a "maracutaia", recebem um excelente salário (oriundo da pesada e injusta carga tributária), apropriam-se de várias regalias, fazem pouco caso da população (seus patrões), envolvidos em dezenas de CPI's, mensalões, Caixa2, caloteiros da dívida pública (ex: precatórios alimentar), com inúmeros processos no Ministério Público, com riquezas acumuladas sem comprovação, promotores de vários desvios de verbas, de super faturamentos, de obras inacabadas, da falta de saneamento básico (ou da cobrança indevida por este), da péssima qualidade na saúde pública, da caótica educação, da má distribuição de renda, de uma injusta carga tributária, do ridículo desenvolvimento nacional, da venda do patrimônio público a grupos estrangeiros, sanguessugas, etc., etc., etc. e principalmente... do desemprego!

Concursado desde 1992, em Junho de 2006 fui demitido ao reagir com a dignidade devida às suas injustificadas maneiras de apadrinhar os seus capachos numa empresa de capital misto, (espalhada pelo estado de São Paulo e mantidas também, com o dinheiro do povo) que servem de cabide de emprego para incompetentes, sem concurso público.

Não se abate impunemente um profissional que tem talento, integridade, conhecimento, participativo e que muitas vezes suportou trabalhar em desvio da função, assédio moral e outras coações sem lançar um véu de maus presságios sobre os novos tempos.

Acreditando, ainda, em alguns dos senhores expus os meus trabalhos, projetos e as minhas qualificações profissionais que poderiam ser absorvidos pelo mercado de trabalho. Mas, as portas estavam sempre fechadas.

Pois é, senhores políticos, por uma óbvia ironia agora eu sou o patrão. E assim como eu milhões de desempregados também o são!

Infelizmente vivemos tempos muito estranhos, em que as coisas que precisam ser ditas ficam escamoteadas, camufladas, sussurradas, caladas. Nada se reclama, nada se critica, para preservar amigos, cargos, salários, posições, espaços de poder, enquanto o profissionalismo e a ética vão se diluindo e se dissolvendo na autocrítica.

Lembrem-se de que essas eleições não serão as últimas.

Portanto, fora o péssimo curriculum dos senhores a história sempre mostrou que o mau político é aquele que durante a eleição corre atrás dos militantes e dos eleitores (comícios, rádios, televisões, andando pelas ruas, distribuindo "santinhos", fazendo promessas, etc.) e depois de eleito foge dos mesmos como o diabo da cruz, não os conhece mais, troca o número do celular para não ser localizado; não se consegue falar com ele (alguns com assessores - cães de guarda); nunca pode atender; está sempre em reuniões.

Gostem, vocês (candidatos) ou não a política está aí, desde a Grécia Clássica, para nos apontar os caminhos que o cidadão tem para atender suas necessidades de forma organizada e evoluir como sociedade e fazendo do direito ao VOTO NULO ou o fim do voto obrigatório uma ferramenta fundamental da democracia e da liberdade.

Senhores, pode-se enganar alguns o tempo todo, mas não todos o tempo todo. E eu digo, que a eleição "democrática" em Outubro vai ser um pesadelo humorístico.

Enfim, caros "patrões-eleitores" temos de refletir nas obras e na realidade da vida atual. Mas não podemos cair na morte da esperança, como muitos fazem.

Como hoje eu sou o patrão, quero reforma política é jurídica Já!

E alerto a todo o patronato que os contratará em Outubro próximo:

O Brasil é tão bom como o seu voto...mas, os políticos que estão aí NÃO!

"É com o exercício do voto nulo que poderemos abrir os caminhos para a extinção do voto obrigatório" e estabelecer de vez a verdadeira democracia no País.

Hypólito Martinez Jr.

Movimento Nacional pelo Voto Nulo – M.N.V.N.

http://www.geocities.com/anuleovoto/
hypolitomartinez@gmail.com
São José dos Campos – SP - Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

Mais uma vez o povo brasileiro é tratado como "macaca de auditório" ou "mico de circo". Agora, temendo a enxurrada de votos nulos que, com certeza, será récorde, graças a insatisfação popular com a quantidade de falcatruas e inpunidades que assolam a nação, inventaram que nós, eleitores, somos "patrões"!!! Que classe de patrão somos nós, que temos que passar privações e dificuldades todos os dias, enquanto nossos "empregados" ganham salários de mais de R$ 12.000,00, moram em mansões (no plural, mesmo), têm carrões importados de alto luxo, viajam em jatinhos particulares, passeiam pelo mundo, têm, enfim do bom e do melhor.
O país está passando por essas situações cóticas por culpa do povão, sim. que não se informa, não lê um jornal, não assiste um noticiário, só quer saber de novelas e do que se passa no "mundo da Globo", com quem tal celebridade se casou, de quem esta outra se separou, e assim sua vida se resume em se ligar no que se passa nas telinhas da Globo.
Vamos todos acordar, gente. Olhe a sua volta, veja o que está errado, o que pode melhorar. Grite, critique, proteste, exiga! Não se deixem fazer de "macacos de circo", que são tratados como animais estúpidos, que, por uma banana e um afago, acabam fazendo o que seus "donos" mandam.